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Diário de uma Enfermeira Oncológica: Viver o hoje/ Não contar os minutos/ Desacelerar a mente

Autoria: Enfermeira Oncológica Laís Vieira Lima

Posso dizer que o hoje é tão breve , tão raro e único ... 

Posso dizer que o agora é infinito , minúsculos segundos cobrindo o tempo e a nossa mente vezes se agita querendo dissipar esses minutos com ansiedades.

O que acontece nesses minúsculos segundos ? Acontece tudo , tudo floresce ou goteja no mar , cantarola ou entra em inércia nessa caminhada em par , tudo ocorre com tanta intensidade reforçando o nosso viver com as intrínsecas verdades dentro de nosso ser.

São minutos dançantes que precisam ser valorizados e amados , horas que carregam minutos e segundos que vezes se fadigam pelo tempo inadequado , esse tempo que vezes é perdido por reclamações e ações ao contrárias do viver , ser grato nos reforça o processo de viver , esse processo tão grandioso que não para por aqui , não vai até ali .. ele simplesmente é a nossa inteireza cheia da beleza do sagrado espírito positivo que cada um carrega dentro de si .

Quando dizemos sobre tempo , lembro muito de minha profissão , Ser Enfermeira oncológica me leva a valorizar o tempo , o precioso momento de estar nos segundos certos , esses segundos que se transformam em uma eternidade de superações , de resiliência , de verão no inverno da solidão, pacientes que superam a cada dia essa arte de lidar com a dor , é extremamente complexo lidar com o que nos fragiliza , tenho acompanhado minha mãe do coração que está internada , o quanto tenho aprendido com minha bebê , ela tem me ensinado a valorizar o olhar , a compreender o que o olhar diz em preciosos segundos , ela conversa , horas silencia , dentro desse silêncio eu moro e a minha vida se coloca a disposição de se entregar ao universo , esse universo da compreensão e da gratidão.

o VIVER é tão precioso , valorizar e amar os sentimentos que o universo nos presenteia , sentimentos de estar junto (a) ao ser que precisa de nós , cuidamos do ser quando nos enxergamos no olhar do outro , quando conseguimos florir compaixão pelo nosso irmão (a).

Gratidão!




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