Sentença de morte não é ter Câncer e sim estar VIVO

Autoria: Laís Vieira Lima- Enfermeira Oncológica

Acompanhamos muitas pessoas dizerem que , quem desenvolve a neoplasia , morre!

Não é assim , a neoplasia é desenvolvida por fatores internos em relação a uma alteração celular e a influencia de fatores de riscos, logo temos tratamentos que são realizados para destruir as células blásticas, quanto mais antes o câncer for descoberto mais chance de cura teremos, mas se não vier a ocorrer a descoberta recente e o tumor tiver avançado, mesmo assim há chance de regressão de tumores .

O câncer pode também ser um dos motivos da morte , mas o atropelamento e o infarto também, o estar vivo é sentença de morte.

Precisamos quebrar,  aliás massacrar o estigma de que só câncer mata, mas esquecemos que estamos rodeados de fatores que podem nos prejudicar e causar a morte.

Somos seres de vida, logo temos um coração possuidor de uma bomba vital,

Temos células, temos sangue, logo somos finitos ao mundo infinito, gostaria que a sociedade entendesse que sentenciar morte a  uma pessoa diagnosticada com câncer é errado, pois todos não somos imune ao falecimento de causas que nos cerca, e que a qualquer momento pode nos matar.

Não somos robôs, não somos objetos !

Somos vidas que precisamos nos orientar quanto a definição de caminhada terrena.

A caminhada terrena não escolhe uma idade para morrer, a caminhada terrena é direcionada para todos os seres que emanam essência de viver.

Logo , precisamos nos cuidarmos quando conversarmos com pacientes oncológicos para não ferir o humano em sua essência, explicando vosso ciclo e nos colocando em posição humanística, realizando a verdade como ponto crucial e tendo a cautela como base desse momento, sabendo que a morte não é específica de um paciente em tratamento oncológico e sim de nós todos, não penalizar com olhares conflituosos para o humano e sim dialogar sobre a vida e oferecer inregridade nessa esfera corporal e emocional.